quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

APRENDENDO SOBRE A BÍBLIA




A palavra Bíblia tem a sua origem no termo grego tá bíblion que significa o livro e designa um conjunto de livros que a Igreja Católica e Protestante considera como inspiração do Espírito Santo, por isso, mereceu o título de Sagrada Escrituras ou apenas As escrituras. Quem chamou esses escritos de Bíblia foi João Crisóstomo, patriarca de Constantinopla entre 398 e 404 de nossa era.

A bíblia tal como a conhecemos possui 73 livros. Estes livros foram escritos por autores diversos em lugares e épocas também diferentes. Nem todos os autores podem ser conhecidos pois muitos desses textos, como por exemplo o Pentateuco, atribuído a Moisés porém muito provavelmente não escrito por ele, se referem a fatos muito antigos e foram copilados muitos anos depois. Desses 73 livros 46 se referem ao Velho Testamento ou a Bíblia Judaica e 27 pertencem ao Novo Testamento. A palavra testamento substitui o termo grego diatheke que significa pacto ou aliança.

O Velho Testamento se divide nas seguintes seções: O Pentateuco os cinco primeiros livros da Bíblia ao qual os antigos judeus deram o nome de Torá ou Lei de Moisés; os livros históricos como reis e Crônicas; os Sapienciais como O eclesiastes, os Salmos, Provérbios e os Proféticos.

O texto primitivo da Bíblia era escrito em hebraico. Na cidade de Alexandria onde viviam muitos judeus, o Faraó Ptolomeu Philadelfo mandou que a Bíblia hebraica fosse traduzida para o grego e, para isso o Templo forneceu 70 sábios que levaram 48 anos (285-247 AC) anos para completar o trabalho. Por este motivo, esta versão passou a ser chamada de a Versão dos 70 ou Septuaginta. Duzentos anos depois um padre chamado Jerônimo foi convocado pelo Papa Damásio para traduzir a Bíblia do grego para o latim. A essa tradução se chamou Vulgata.

O Novo Testamento começa com os quatro evangelhos escritos por Mateus, Marcos Lucas e João. Em razão da enorme semelhança entre esses três evangelhos, eles são chamados de sinópticos, ou seja, os que podem ser vistos com uma simples vista d’olhos. O quarto evangelho, escrito por João, filho de Zebedeu, em razão de sua complexidade, linguagem simbólica e conteúdo metafísico, foi chamado de Evangelho do pneuma ou do Espírito. Esses evangelhos não são,exatamente, uma biografia de Jesus mas uma descrição narrativa de suas palavras e atos.

Depois dos quatro evangelhos segue-se um livro chamado Atos dos Apóstolos ou praxis apostolarum escrito, segundo a tradição, por Lucas. O conteúdo deste livro é a história dos primeiros tempos do cristianismo.

A terceira parte é composta das cartas de Saulo ou Paulo de Tarso, o apóstolo dos gentios para as igrejas por ele fundadas ao longo de sua missão evangelizadora fora do mundo judaico. Segue-se a estas cartas uma epístola de Tiago, duas de Pedro, duas de João Evangelista, uma de Judas, que se diz servo de Jesus e irmão de Tiago

Por fim, vem o último livro chamado Apocalipse palavra que, em grego, se diz apokalipsis e, em latim, revelatio ou revelação. É atribuído a João, o apóstolo amado por Jesus, que o teria escrito enquanto estava exilado na ilha de Patmos na Turquia moderna. Sua leitura é muito difícil, hermética mesmo, e vários exegetas (intérpretes minuciosos) tem se debruçado sobre ele, inclusive o próprio Isaac Newton, para compreender-lhe o sentido, mas a tarefa interpretativa não tem sido muito bem sucedida até hoje.

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