Centro Julio Luz sob nova direção

trabalhadores da casa assumem novas tarefas

Cientistas comprovam a reencarnação humana

Desta vez a ciência quântica explica e comprova que existe sim vida (não física) após a morte de qualquer ser humano.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Espíritas Realizam Encontro Regional em Bacabal

O Movimento Espírita Cristão do Maranhão realizou  durante todo o dia 9 de maio (sábado) mais um encontro do Conselho Regional TUPIMEARIM, órgão, deliberativo ligado a Femar - Federação Espírita do Maranhão , composto por representantes de Centro espíritas da região do Pindaré e Mearim. O Conselho TUPIMEARIM  é integrado pelos municípios  de Arari, Bacabal, Buriticupu, Nova Olinda, Santa Inês, Viana, Vitória do Mearim,  e Zé doca.  
A abertura do evento  foi realizada por Zezinho Casanova Vice presidente do Centro Espírita Júlio Luz de Carvalho que em seguida passou a palavra para o presidente de  FEMAR  Osmir. Na pauta do evento constava de explanação pelo coordenador do conselho Hélio das principais dificuldades das casas espíritas da região. Na exposição feita por representantes da Femar constatou-se que o movimento  espírita brasileiro envelheceu, entre vários fatores para essas realidade destacou-se que nem sempre os pais se preocupam com a evangelização dos filhos. Isso  levou o  movimento à dar maior atenção ao trabalho com crianças e adolescentes na casa espírita. 

CRESCIMENTO ESPÍRITA NO MARANHÃO


 Segundo  informações do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística o espiritismo é o movimento religioso que mais cresceu no Maranhão na ultima década, mas isso não significa crescimento qualitativo, a Federação Espírita do Maranhão continua a orientar aos dirigentes de casas espíritas o investimento na difusão da doutrina espírita como um dos principais compromissos assumidos com o movimento e principalmente com Jesus  Cristo.
 No período da tarde os representantes da FEMAR Osmir, Fabiano e Fábio Luz se reversaram no seminário sobre gestão da casa espírita com ênfase doutrinário realizado por Fabiano, ao final do evento a avaliação foi positiva e deliberou que o outro encontro do conselho Regional Espírita TUPIMEARIM será na cidade de Santa Inês. veja fotos do evento abaixo, os créditos são para a Femar. 




domingo, 5 de abril de 2015

Os semeadores do Maranhão l Em qualquer lugarejo que tivesse uma família estudando Kardec, Dr. Júlio fundava um centro espírita


Em São Luís do Maranhão, existem poucas pessoas, no movimento espírita que não conhecem os nomes Júlio Luz de Carvalho (1931-1995) e Laíze Maria Souza de Carvalho (1943-2005). Ele, fundador da Sociedade de Estudos Espíritas Ismael e presidente, por sete anos, da Federação Espírita do Maranhão; ela, palestrante, evangelizadora, dirigente de trabalhos e presidente do tradicional Centro Espírita Maranhense no início da década. Ambos, lutadores pela disseminação da Doutrina Espírita no Estado.

Ele

Júlio nasceu no interior do estado, Santa Inês, em 1931, filho de comerciante e de dona de casa que apenas assinava o nome. Partiu para São Luís assim que precisou completar os estudos secundários. Foi na casa de um dos irmãos, onde passou a morar que ouviu falar de Espiritismo. Curioso, lia as obras de Kardec, que satisfaziam sua índole científica, e passou a freqüentar o Centro Espírita Maranhense, hoje o mais antigo da cidade. Em seu envolvimento com a doutrina, ganhou o respeito e a amizade tanto de figuras consolidadas como José Bezerra e Seu Pequenino, quanto dos jovens da Mocidade Espírita, a exemplo de Clóvis Ramos, referência em estudos de literatura mediúnica.

Ela

Enquanto, em São Luís, Júlio se encaminhava nas atividades do C.E Maranhense e vergava sob o peso dos tratados de Odontologia, no interior, em uma cidade às margens do rio Corda, uma garotinha de doze anos aproxima-se da irmã, cujos dezenove anos a mais lhe conferiam o estatuto de mãe, passa-lhe as mãos nos cabelos e pergunta: "Laurita, por que estás chorando?"A irmã, que realmente chorava, não tem pudores para responder: "Porque nada temos para comer hoje". A garotinha, certa de que aquilo era um motivo estúpido para choro, vai até o colégio das freiras, onde estudava, e chama a madre: "Minha irmã diz que não tem comida em casa. A senhora pode conseguir alguma coisa para nós?" A religiosa não perde tempo e passa à menina uma cesta com alguns gêneros alimentícios. Antes de agradecer, a garotinha olha decidida para a benfeitora: "Como pagamento, venho dar aulas para os colegas que tiverem dificuldades". Ali começava o trabalho de Laíze, futura senhora Júlio de Carvalho.

O Liceu Maranhense era o melhor colégio de São Luís. As provas orais eram as mais temidas. Pois a " menina-professora" dos colegas no colégio das freiras, veio à capital, passou pelo exame de admissão e ficou na respeitada escola. Certa vez, a estudante do Liceu procurava algo para ler e se distrair. Católica fervorosíssima, encontrou um livro sem capa, cujo título chamava-lhe a atenção: Paulo e Estêvão. O livro revirou-lhe as crenças e a moça, por conta do volume sem capa, tornara-se espírita. "Se o livro estivesse inteiro", ela dizia, tempos depois, "e eu visse que tinha espírito no meio da história, nem encostava". O mundo espiritual tem suas manhas.

Os anos corriam e a professora Laíze, famosa por sua oratória, era convidada a fazer palestras em vários centros espíritas. Em um evento, impressionou-se com um dos confrades, que por ela também se deixara impressionar. Júlio e Laíze não chegaram a namorar dois meses. Casados, tiveram dois filhos, Berenice e Fábio, adotaram mais quatro, Ana Paula, Anderson, Roberto e Anatalia e sempre recebiam pessoas em dificuldade.

A força da união

O casal dedicava-se ao trabalho de difundir e consolidar a Doutrina Espírita em terras maranhenses. Após ter fundado a Mocidade e a Sociedade de Estudos Espíritas Ismael nos anos 70, Dr. Júlio assumiu, em 1986, a presidência da Federação Espírita do Maranhão. Batalhou intensamente para a unificação dos centros espíritas da capital e onde soubesse de uma ou duas famílias que estudassem Kardec em qualquer lugarejo, lá ele ia fundar um centro. Assim foi em Pinheiro, em Bacabal; também em Santa Inês, Buriti Bravo, Carolina, Caxias, Coelho Neto...Nem sempre era fácil. Muitas vezes, a Igreja impunha resistência. Em outras, os espíritas eram o problema. Numa cidade que visitou havia uma cruz plantada no meio do centro espírita. Dizia-se que Pedro, o Apóstolo, ali pregava e consolava os "fiéis", cuja afluência no local era notável. Dr. Júlio conversou com a entidade que se manifestava por um médium em transe: "Por que você engana essa gente?" O espírito, antes zombeteiro que mau, respondeu: "Não estou enganando ninguém. Apareci aqui e disse me chamar ‘Pedro’. Espalharam então que era o santo e eu fui gostando..."



Dor e consolo

Após sete anos de trabalho, Dr. Júlio entregou a presidência da Femar. Em 1993, no dia 21 de março, queixou-se de dores "no coração". A esposa o levou ao hospital, mais por precaução que por preocupação. Ele subiu tranqüilamente as escadas que levavam ao quarto onde seria atendido, viu em uma das camas com que cruzou no caminho uma amiga, ministrou-lhe um passe. Quando chegou ao quarto, deitou-se, segurou a mão da companheira e, numa rápida ausência da médica, disse: "Laíze, sê forte porque vou desencarnar." E, para surpresa de todos, voltou à pátria espiritual. No velório, o rosto que lhe expressara as feições durante a vida física mostrava um leve sorriso, que no entanto por todos foi notado. "Foi o único homem que conheci que riu da morte", disse o amigo e companheiro de causa espírita Albino Travincas.

Laíze deu prosseguimento à educação e sustento dos filhos sozinha e, em 2005, foi sua vez de partir para o Mundo Maior. Fábio de Carvalho, filho do casal, conta que , quando passara por um período de dúvidas, logo após o desencarne do pai, recebera belíssima orientação mediúnica ditada por ele, que dizia: "E tu, meu filho, sabe que nem o tempo, nem o espaço, muito menos a morte, podem separar as almas que se amam".

Texto publicado na edição 420 (mar/abr de 2008)



Os Simbolismos da Páscoa e o Espiritismo

A palavra Páscoa tem  origem em dois vocábulos hebraicos: um, derivado do verbo pasah, quer dizer “passar por cima” (Êxodo, 23: 14-17), outro, traz raiz etimológica de pessach (ou pasha, do grego) indica apenas “passagem”. Trata-se de uma festa religiosa tradicionalmente celebrada por judeus e por católicos das igrejas romana e ortodoxa, cujo significado é distinto entre esses dois grupos religiosos.
No judaísmo, a Páscoa comemora dois gloriosos eventos históricos, ambos executados sob a firme liderança de Moisés: no primeiro, os judeus são libertados da escravidão egípcia,  assinalada a partir da travessia no Mar Vermelho (Êxodo, 12, 13 e 14). O segundo evento  caracteriza a vida em liberdade do povo judeu, a formação da nação judaica e  a sua  organização religiosa,  culminada com o recebimento do Decálogo ou Os Dez Mandamentos da Lei de Deus (Êxodo 20: 1 a 21). As festividades da  Páscoa judaica duram sete dias, sendo proibida a  ingestão de alimentos e bebidas fermentadas durante o período. Os pães asmos (hag hammassôt), fabricados sem fermento, e a carne de cordeiro são os alimentos básicos.
A Páscoa católica, festejada pelas igrejas romana e ortodoxa, refere-se à ressurreição de Jesus, após a sua morte na cruz (Mateus, 28: 1-20; Marcos, 16: 1-20; Lucas, 24: 1-53; João, 20: 1-31 e 21: 1-25). A data da comemoração da Páscoa cristã, instituída a partir do século II da Era atual, foi motivo de muitos debates no passado. Assim, no primeiro concílio eclesiástico católico, o Concílio Nicéia, realizado em 325 d.C, foi estabelecido que a Páscoa católica não poderia coincidir com a judaica. A partir daí,a Igreja de Roma segue o calendário Juliano (instituído por Júlio César), para evitar a coincidência da Páscoa com o Pessach. Entretanto, as igrejas da Ásia Menor, permaneceram seguindo o calendário gregoriano, de forma que a comemoração da Páscoa dos católicos ortodoxos  coincide, vez ou outra, com a judaica.[1]
Os cristãos adeptos da igreja reformada, em especial a luterana, não seguem os ritos dos católicos romanos e ortodoxos, pois não fazem vinculações da Páscoa com a ressurreição do Cristo. Adotam a orientação mais ampla de que há, com efeito, apenas uma ceia pascoal, uma reunião familiar, instituída pelo próprio Jesus (Mateus 26:17-19; Marcos 14:12-16; Lucas 22:7-13) no dia da Páscoa judaica.[2]Assim, entendem que não há porque celebrar a Páscoa no dia da ressurreição do Cristo.  Por outro, fundamentados em certas orientações do apóstolo Paulo (1 Coríntios,5:7), defendem a ideia de ser o Cristo, ele mesmo, a própria Páscoa, associando a este pensamento importante interpretação de outro ensinamento  de Paulo de Tarso (1Corintios, 5:8): o “cristão deve lançar fora o velho fermento, da maldade e da malícia, e colocar no lugar dele os asmos da sinceridade e da verdade.[3]
Algumas festividades politeístas relacionados à chegada da primavera e à fertilidade passaram à posteridade e foram incorporados à simbologia da Páscoa. Por exemplo, havia (e ainda há) entre países da Europa e Ásia Menor o hábito de pintar ovos cozidos com
cores diferentes e decorá-los com figuras abstratas, substituídos, hoje, por ovos de chocolate. A figura docoelho da páscoa, tão comum no Ocidente, tem origem no culto à deusa nórdica da fertilidade Gefjun, representada por uma lebre (não coelho). As sacerdotisas de Gefjun eram capazes de prever o futuro, observando as vísceras do animal sacrificado.[1]
É interessante observar que nos países de língua germânica, no passado, havia uma palavra que denotava a festa do equinócio do inverno. Subsequentemente, com a chegada do cristianismo, essa mesma palavra passou a ser empregada para denotar o aniversário da ressurreição de Cristo. Essa palavra, em inglês, “Easter”, parece ser reminiscência de “Astarte”,  a deusa-mãe da fertilidade, cujo culto era generalizado  por todo o mundo antigo oriental e ocidental, e que na Bíblia é chamada de Astarote. (…) Já no grego e nas línguas neolatinas, “Páscoa” é nome que se deriva do termo grego pascha.[2]
A Doutrina Espírita não comemora a Páscoa, ainda que acate os preceitos do Evangelho de Jesus, o guia e modelo que Deus nos concedeu: “(…) Jesus representa o tipo da perfeição moral que a Humanidade pode aspirar na Terra.”[3] Contudo, é importante destacar: o Espiritismo respeita a Páscoa comemorada pelos judeus e cristãos, e compartilha o valor do simbolismo  representado, ainda que apresente outras interpretações.  A liberdade conquistada pelo povo judeu, ou a de qualquer outro povo no Planeta, merece ser lembrada e celebrada. Os Dez Mandamentos, o clímax da missão de Moisés, é um código ”(…) de todos os tempos e de todos os países, e tem, por isso mesmo, caráter divino. (…).”[4] A ressurreição do Cristo representa  a vitória sobre a morte do corpo físico, e anuncia, sem sombra de dúvidas, a imortalidade e a sobrevivência do Espírito em outra dimensão da vida.
Os discípulos do Senhor conheciam a importância da certeza na sobrevivência para o triunfo da vida moral. Eles mesmos se viram radicalmente transformados, após a ressurreição do Amigo Celeste, ao reconhecerem que o amor e a justiça regem o ser além do túmulo. Por isso mesmo, atraiam companheiros novos, transmitindo-lhes a convicção de que o Mestre prosseguia vivo e operoso, para lá do sepulcro.[5]
Os espíritas, procuramos comemorar a Páscoa todos os dias da existência, a se traduzir no esforço perene de vivenciar a  mensagem de Jesus, estando cientes que, um dia, poderemos também testemunhar esta certeza do inesquecível apóstolo dos gentios: “Fui crucificado junto com Cristo. Já não sou eu quem vivo, mas é Cristo vive em mim.  Minha vida presente na carne, vivo-a no corpo, vivo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim”. (Gálatas 2.20)[6]

[1] //pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1scoa Acesso: 27/03/2013.
[2] J.D. Douglas. O Novo Dicionário da Bíblia. Pág. 1002.
[3] Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Q. 625, pág.
[4] Idem. O Evangelho segundo o Espiritismo. Cap. I, it. 2, pág. 56.
[5] Francisco Cândido Xavier. Pão Nosso. Pelo Espírito Emmanuel. Cap. 176, pág. 365.
[6] Bíblia de Jerusalém. Pág. 2033.
Referências
BÍBLIA DE JERUSALÉM. Diversos tradutores. São Paulo: Paulus, 2002.
ELWELL, Walter A (editor). Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã. Trad. Gordon Chow. 1ªed. 3ª reimp. Vol. III.  São Paulo: Edições Vida Nova, 2003.
DOUGLAS, J.D. (organizador). O Novo Dicionário da Bíblia. Tradução de  João Bentes. 3ª ed. rev. São Paulo: Vida Nova, 2006.
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2ªed. 1ª reimp. Rio de Janeiro: FEB Editora, 2011.
_____. O Evangelho segundo o Espiritismo. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 1ªed. 1ª reimp. Rio de Janeiro: FEB Editora, 2008.
XAVIER, Francisco Cândido. Pão Nosso. Pelo Espírito Emmanuel. 1ªed. 3ª reimp. Brasília: FEB Editora, 2012 (Coleção Fonte viva;2

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Carnaval é festa para espírita?


Nessa época, é usual sermos indagados sobre se o Espiritismo é contrário ao Carnaval. Pesquisando na Codificação, não encontramos nada específico sobre o tema, mas a Doutrina nos fala sobre a necessidade de evolução, e evoluir é buscar cada vez mais os bens espirituais.Paulo de Tarso, na primeira epístola aos Coríntios, escreve: “Tudo me é permitido,mas nem tudo me convém. Tudo me é permitido, mas eu não deixarei que nada me domine!”.Somos livres para dirigir nossas vidas, mas não podemos esquecer que somos responsáveis quando infringirmos a Lei Divina.
Devemos procurar o autodomínio e a expansão do sentimento de amor sublimado, fraternal, espiritual – ou qualquer outro adjetivo que queiramos usar para qualificar o sentimento -, descartando os objetivos ilusórios que prejudicam nossa evolução.Nada nos é proibido. O erro só existe quando há o descumprimento da lei divina e,como disse Paulo de Tarso, tudo nos é permitido, mas nem tudo nos convém. E cá entre nós, para sermos evoluídos temos de evoluir, é óbvio, e para isso precisamos domar nossas paixões, transformando-as de um cavalo bravo num cavalo dócil,domado, dedicado ao trabalho e disciplinado.

Leituras sugeridas:

– “Primeira Epístola aos Coríntios” – cap, VI,12

– Allan Kardec – “O Livro dos Espíritos”, questões 459 a 472; 833 a 872; 907 a 912

– Allan Kardec – “O Evangelho Segundo o Espiritismo” – capítulo II, item 5

– “Em torno do mestre”, de Vinícius, artigo intitulado “Tentação”

O vídeo mostra a história do Carnaval, desde seu início como festa pagã até os dias atuais, sua chegada no Brasil e sua implantação no calendário brasileiro.

Texto escrito por Katia Penteado
Kátia
Jornalista e empresária, trabalha na área de educação de casas espíritas, com adultos. Atua na SEETO, integrando tanto a equipe do Curso de Expositor quanto a de monitores da Escola de Doutrina Espírita. A ação se estende à União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo – USE, onde, em âmbito estadual, está como secretária do Departamento do Estudo Sistematizado de Doutrina Espírita – ESDE e responsável pelo ESDE na região da Grande São Paulo, Vale do Paraíba, Baixada Santista e Vale do Ribeira. Profere palestras em casas espíritas e tem artigos

AS AFLIÇÕES E VOCÊ



Ricardo nunca foi muito organizado, pelo contrário, cultiva o hábito de tudo colocar no armário de qualquer jeito, empilhando as coisas até não mais poder. Certo dia ele precisou de um material apostilado e lembrou que o mesmo estava no armário. Depois de muito mexer e tirar coisas, impacientou-se, sem conseguir encontrar a apostila. Então, levantando a voz e dirigindo-se aos familiares, gritou: “Quem foi que mexeu no meu armário?”. Típica atitude de transferência de responsabilidade. O único culpado pela bagunça e a não localização do material era ele mesmo.

Essa história ilustra bem a questão das causas atuais das aflições, estudada por Allan Kardec no capítulo 5 de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Muitas vezes sofremos não porque estejamos diante de uma expiação ligada a alguma coisa que fizemos em vidas passadas, e nem tão pouco porque estamos passando por uma prova causada por quem vive conosco. A verdade é que muitos sofrimentos, muitas aflições, são causadas pela nossa imprevidência, pelo nosso egoísmo e pelo nosso orgulho.

Se nos deixamos levar por impulso, se a ansiedade toma conta dos nossos procedimentos, se guardamos mágoa de alguém, se nos movemos por desejo de vingança, se ficamos nervosos por qualquer coisa, se nunca nos organizamos, vamos acarretar para nós mesmos aflição, dor, sofrimento que, se não resolvermos enquanto estamos encarnados, vamos levar para o mundo espiritual, o que não é nada bom.

Para melhor viver precisamos ser previdentes, saber planejar a existência, organizar as coisas, de modo que vivamos ligados no bem para nós mesmos e para os outros, sem maiores sobressaltos. Para isso nada melhor do que seguir os exemplos de Jesus, nosso guia e modelo.

Então, antes de culpar os outros, as vidas passadas e até mesmo Deus pelos sofrimentos e aflições que estejamos passando, primeiro façamos uma tomada de consciência dos nossos pensamentos, falas e ações, para saber em que precisamos nos modificar. É provável que nos descubramos causadores dos próprios males, mas como para tudo tem remédio e a lei é de evolução, basta então colocar em prática a reforma íntima, e viveremos bem melhor.
por Marcus de Mario de Correio Espírita

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Estudando “O evangelho segundo o Espiritismo”

(O verdadeiro homem de bem) É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: “Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado.” (Cap. 17 – Item 3)

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Congresso Espírita do Distrito Federal


Será realizado nos dias 17, 18 e 19 de abril de 2015 o 3° Congresso Espírita do Distrito Federal. O tema abordado será “Evangelho – Fraternidade e Paz”, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF). Participarão os palestrantes Alberto Almeida, Haroldo Dutra Dias, Simão Pedro de Lima, Neuza Zaponni de Melo, Saulo César Ribeiro da Silva e Wagner Gomes da Paixão. Para participar é necessário se inscrever previamente. A organização é da Federação Espírita do Distrito Federal. Para saber outras informações acesse: http://3congressoespiritadf.wordpress.com/

FONTE: FEB

Estudando “A Gênese”, de Allan Kardec

Progredir é condição normal dos seres espirituais e a perfeição relativa o fim que lhes cumpre alcançar. Ora, havendo Deus criado desde toda a eternidade, e criando incessantemente, também desde toda a eternidade tem havido seres que atingiram o ponto culminante da escala. (Capítulo 11 – Item 9)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Imortalidade da alma



A morte amedronta tanto o ser humano, que o faz assumir as mais variadas posturas, desde aquelas infantis, em que demonstra a sua imaturidade, até outras em que chega a negar a sua condição de ser racional. É profundamente estranho que essa criatura, que se pavoneia como o rei da Criação, se mostre tão dolorosamente despreparada diante da única certeza comum a todos os seres humanos: a certeza da morte.

Ao perguntarmos a uma pessoa onde quer ser enterrada quando morrer, quase sempre ouviremos como resposta a designação de um local de sua preferência. Em seguida, ao ser interrogada sobre o destino da sua alma, afirmará ter esperança da sua ida para o Céu. Mas, a fragilidade desse posicionamento é facilmente demonstrável diante de um simples questionamento: E se ela não for para o Céu e sim para o Inferno, que isso importa a você, porque é ela quem vai e não você? Você não afirmou que deseja ficar enterrado em tal lugar? Ora, se você vai ficar enterrado no lugar que escolheu, não importa o lugar para onde ela vá. Você estará com seu lugar garantido no túmulo escolhido.

Essas perguntas causam perplexidade e levam muitas pessoas, pela primeira vez, a usarem seu raciocínio no exame do assunto morte. Depois de algum tempo, costumam aparecer saídas como esta, ditas até em tom vitorioso: Não sou eu quem vai ser enterrado em tal lugar; é o meu corpo! Mas, com esta afirmativa, ao invés de resolver o problema, agrava-o ainda mais…

O ar de vitória desaparece logo, ao se lembrar à pessoa que ela usou dois possessivos: meu corpo eminha alma. Ora, o possessivo, como bem ensinam as gramáticas, é a palavra que indica posse. Se há posse, há possuidor. Quem é o possuidor daquele corpo e daquela alma? Quem está habilitado a apresentar-se como proprietário e, consequentemente, reclamar-lhes a posse?

É exatamente essa falta de racionalidade que leva o homem a fugir do assunto, portando-se como a criança que, ao esconder o rosto atrás das mãos, imagina ter resolvido o problema do seu esconderijo. Ou como o avestruz que, segundo dizem, esconde a cabeça sob a areia, ao se encontrar em perigo.

A criatura humana recusa-se a pensar, porque dói pensar na morte. Meditar, refletir sobre a questão, só pode revelar-lhe a sua fragilidade, o seu despreparo diante do magno assunto, do inevitável acontecimento.

E qual a saída para o impasse? A única posição lógica é aquela de o homem assumir a sua condição de Espírito imortal, detentor da posse de um corpo físico, pelo qual ele se manifesta temporariamente, enquanto esse corpo tiver vida, pois é o Espírito quem pensa, quem aprende, quem odeia, quem ama. O corpo é mero instrumento de uso transitório. Pode-se até dizer que é descartável. O Espírito, não. Ele é imortal, indestrutível. É o arquivo vivo de todas as experiências vividas durante a romagem terrena. No corpo espiritual, que sobrevive à morte do corpo físico, conforme ensina Paulo (I Co, 15), fica o registro de todas as experiências vividas pela criatura humana. Nesse trecho de sua carta aos Coríntios, o Apóstolo deixa muito clara a ressurreição em corpo espiritual: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão? [v. 35] E, mais adiante, diz: Assim também a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo em corrupção; ressuscitará em incorrupção. (v. 42) Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo animal, há também corpo espiritual. (v. 44) E, para não ficar dúvida quanto à natureza do corpo da ressurreição, diz: E agora digo isto, irmãos: que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herda a incorrupção. (v. 50)

Com o fenômeno da morte, o Espírito se afasta do corpo que já não mais lhe serve como instrumento, podendo dizer, na ocasião: Habitei esse corpo, serviu-me ele de vestimenta durante muitos anos. O corpo jamais poderá dizer: Esse espírito que aí vai foi meu, simplesmente porque o corpo é matéria morta, que começa a decompor-se tão logo ocorra a morte.

Ao conscientizar-se dessa realidade, o homem passa a ter uma verdadeira consciência de imortalidade. Quanto mais medita sobre o assunto – desde que desligado de explicações de determinados teólogos –, tanto mais adquire um estado de consciência a que se pode chamar cidadania espiritual. Passa a sentir-se imortal. A morte já não mais se constitui naquele desastre terrível a bi ou tripartir-lhe o ser: Vou para debaixo da terra, minha alma vai para o Céu e eu para não sei onde. Ao assumir a cidadania espiritual, seus horizontes se alargam. Já não é apenas um homem, mas um Ser imortal, cujo destino não se prende apenas à Terra, vez que se sente pertencer ao Universo, às muitas moradas da casa do Pai, conforme ensinamento de Jesus. (Jo, 14:2) Assim pensando, chegamos à conclusão de que somos essencialmente Espíritos, atualmente encarnados. Um dia deixaremos nosso corpo terrestre, como Jesus deixou o Seu, conservando apenas o corpo celeste, imortal, conforme o Mestre, de forma genial ensinou e exemplificou!

sábado, 31 de janeiro de 2015

35ª CONESMA: 150 anos do livro O Céu e o Inferno


segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Conheça o Espiritismo para Crianças


Conheça o Espiritismo para Crianças, um folheto de rico conteúdo criado pela Federação Espirita Brasileira a ser trabalhado na Evangelização infantil nos centros espíritas, e com pais e filhos na educação no lar. Confira esta produção, visualize-a, compartilhe e faça download do material.



sábado, 24 de janeiro de 2015

POR UMA "PENA" DE VIDA



O mundo moderno, cheio de conquistas tecnológicas e avanços científicos, ainda não foi capaz de dizimar a violência humana. Analisando a vida coletiva, ficamos até mesmo abismados pelas ocorrências que nos fazem recordar a barbárie, demonstrando que vivemos um estado de civilização ainda carente de valores morais que o sustentem, apesar da nossa mente fértil em inventos de última geração.
              E nesse estado de coisas que vivemos, é comum ouvirmos que a solução para tudo isso seria a pena de morte ! Hoje mesmo ouvi isso no ambiente de trabalho, de cidadãos comumente pacatos, mas que defendem com veemência a exterminação dos violentos. Mas será que isso efetivamente funcionaria e seria a solução definitiva para os nossos males modernos?

              Se pensarmos bem, a  pena de morte  já existe, e grupos organizados promovem a matança aos milhares. Os próprios bandidos costumam ter vida muito curta, mortos pela polícia ou por seus rivais, quando não por vinganças. Mas nem o fato de verem a morte bem de perto, de verem isso acontecer com os seus pares e familiares diariamente contém seus atos de violência.  É que a questão é mais profunda, e o medo da morte não resolveu a situação da violência.
              Em países que adotaram a pena capital, também não houve eliminação dos crimes e da violência. Além disso, surge outro problema: os erros judiciais. Nesses países há relatos de inúmeros injustiçados nas condenações. E fico a pensar como seriam esses erros no sistema judiciário brasileiro, cheio de falhas e morosidade.  E qual seria a instância política, jurídica  ou legislativa com força moral suficiente para julgar e condenar alguém à morte? Isso sem falar nas consequências espirituais de uma instância de morte institucionalizada, o que deixaremos para a consciência religiosa de cada um avaliar.
              Claro que os crimes chocam e a violência nos assusta. E falo com propriedade de quem já teve uma arma apontada na cabeça, uma pessoa da família assassinada brutalmente e outra violentada. E sei que com outros isso e coisas piores ocorreram.  É que a violência está aí, e não poupa ninguém em nosso círculo íntimo. 
              Talvez já seja o momento de trabalharmos em prol de uma pena de vida. Isso se inicia educando a nossa própria violência, pois se a violência coletiva existe, ela habita também em nosso mundo interno, e muitas vezes não nos damos conta disso. Quantas vezes somos violentos no trato, se não de forma física, emocional?  Quantas vezes queremos impor nossos pontos de vista?  E quantas vezes violentamos os próprios valores que dizemos acreditar? E tudo isso, em última instância, é violência que alimenta a violência coletiva.
              A partir do cuidado com a nossa violência, cuidar da educação dos nossos, esmerando-se para torná-los cidadãos conscientes e com respeito ao próximo e ao coletivo. A carência educacional tem alimentado a violência de várias formas, e só pode ser sanada quando abraçarmos de forma conveniente a tarefa de educar, não a transferindo às escolas e profissionais pagos, que são apenas auxiliares nessa tarefa.
              E vendo a miséria e desigualdade social que campeia à nossa volta, não podemos ficar inertes, pois isso também nos diz respeito. Se não podemos mudar o mundo, podemos de alguma forma, mínima que seja, auxiliar as comunidades próximas a nós que, negligenciadas, muitas vezes recorrem a métodos violentos para retirar dos outros o que acreditam merecer.
              Ele, o maior Mestre da humanidade, foi vítima da pena de morte, e nos ensinou o amor como caminho para transformação e construção da sociedade, harmônica e ideal, que não será construída do dia para a noite, mas que nunca existirá se não fizermos a nossa parte. 
Por Cláudio Sinoti do Correio Espirita

Palestra sobre “A Depressão na Visão Espirita” em Bacabal Hoje(31) as 19:30h

A Depressão vem se tornando transtorno comum na vida moderna e não são os casos que descambam para fugas dolorosas como o suicídio, ato este que vem engrossando de forma alarmante as estatísticas em todo o mundo.
Pensando nessas questões, o Movimento Espírita de Bacabal, realizará uma palestra com o tema “A Depressão na Visão Espírita“, tendo Zezinho Casanova como facilitador.
O evento ocorrerá nas instalações do Centro Espírita Júlio Luz de Carvalho, na VP 33 Q. 5 Casa 2 – Cohab III, dia 31(sábado) as 19:30h.
O evento faz parte do planejamento do Centro Espírita Júlio Luz de Carvalho, que pretende realizar pelo menos uma palestra aberta ao publico ao mes, maiores inforçoes sobre outras atividades e estudos científicos,filosóficos e morais desenvolvido pelo centro podem ser obtidos no Departamento de comunicação da casa através do fone (99) 9 8179 8292.
Por Zezinho Casanova

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Área de Estudo do CFN-FEB planeja o Encontro Nacional

Integrantes da Coordenação Nacional e regionais da Área de Estudo do Conselho Federativo Nacional (CFN) da Federação Espírita Brasileira (FEB) reúnem-se em Brasília, no período de 20 a 25 de janeiro, para definir diretrizes do I Encontro Nacional da Área de Estudos – a ser realizado em Belo Horizonte (MG), de 5 a 7 de junho de 2015 -, e que tem como público alvo representantes da Área por Federativa. Pelo menos 80 pessoas devem participar do evento.
primeira reunião da Coordenação Nacional para tratar deste tema ocorreu 15 a 17 de agosto, também em Brasília, quando foram esboçadas as atividades que devem ocorrer no Encontro Nacional.
 De acordo com Sonia Arruda, coordenadora nacional da Área de Estudo do Espiritismo, esta reunião no início do ano é muito importante para que sejam definidas as ações e linhas de atuação da Área de Estudo em 2015. “Aqui estamos reunidos a Coordenação Nacional com representantes das quatro coordenações regionais com o intuito de planejar as atividades inerentes a Área, que envolve o ESDE, Estudo das Obras Básicas, EADE e outros estudos nas casas espíritas”, disse.
 Área de Estudo

Estudando “O evangelho segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec

(O verdadeiro homem de bem) Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à ideia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor. (Cap. 17 – Item 3

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

APRENDENDO SOBRE A BÍBLIA




A palavra Bíblia tem a sua origem no termo grego tá bíblion que significa o livro e designa um conjunto de livros que a Igreja Católica e Protestante considera como inspiração do Espírito Santo, por isso, mereceu o título de Sagrada Escrituras ou apenas As escrituras. Quem chamou esses escritos de Bíblia foi João Crisóstomo, patriarca de Constantinopla entre 398 e 404 de nossa era.

A bíblia tal como a conhecemos possui 73 livros. Estes livros foram escritos por autores diversos em lugares e épocas também diferentes. Nem todos os autores podem ser conhecidos pois muitos desses textos, como por exemplo o Pentateuco, atribuído a Moisés porém muito provavelmente não escrito por ele, se referem a fatos muito antigos e foram copilados muitos anos depois. Desses 73 livros 46 se referem ao Velho Testamento ou a Bíblia Judaica e 27 pertencem ao Novo Testamento. A palavra testamento substitui o termo grego diatheke que significa pacto ou aliança.

O Velho Testamento se divide nas seguintes seções: O Pentateuco os cinco primeiros livros da Bíblia ao qual os antigos judeus deram o nome de Torá ou Lei de Moisés; os livros históricos como reis e Crônicas; os Sapienciais como O eclesiastes, os Salmos, Provérbios e os Proféticos.

O texto primitivo da Bíblia era escrito em hebraico. Na cidade de Alexandria onde viviam muitos judeus, o Faraó Ptolomeu Philadelfo mandou que a Bíblia hebraica fosse traduzida para o grego e, para isso o Templo forneceu 70 sábios que levaram 48 anos (285-247 AC) anos para completar o trabalho. Por este motivo, esta versão passou a ser chamada de a Versão dos 70 ou Septuaginta. Duzentos anos depois um padre chamado Jerônimo foi convocado pelo Papa Damásio para traduzir a Bíblia do grego para o latim. A essa tradução se chamou Vulgata.

O Novo Testamento começa com os quatro evangelhos escritos por Mateus, Marcos Lucas e João. Em razão da enorme semelhança entre esses três evangelhos, eles são chamados de sinópticos, ou seja, os que podem ser vistos com uma simples vista d’olhos. O quarto evangelho, escrito por João, filho de Zebedeu, em razão de sua complexidade, linguagem simbólica e conteúdo metafísico, foi chamado de Evangelho do pneuma ou do Espírito. Esses evangelhos não são,exatamente, uma biografia de Jesus mas uma descrição narrativa de suas palavras e atos.

Depois dos quatro evangelhos segue-se um livro chamado Atos dos Apóstolos ou praxis apostolarum escrito, segundo a tradição, por Lucas. O conteúdo deste livro é a história dos primeiros tempos do cristianismo.

A terceira parte é composta das cartas de Saulo ou Paulo de Tarso, o apóstolo dos gentios para as igrejas por ele fundadas ao longo de sua missão evangelizadora fora do mundo judaico. Segue-se a estas cartas uma epístola de Tiago, duas de Pedro, duas de João Evangelista, uma de Judas, que se diz servo de Jesus e irmão de Tiago

Por fim, vem o último livro chamado Apocalipse palavra que, em grego, se diz apokalipsis e, em latim, revelatio ou revelação. É atribuído a João, o apóstolo amado por Jesus, que o teria escrito enquanto estava exilado na ilha de Patmos na Turquia moderna. Sua leitura é muito difícil, hermética mesmo, e vários exegetas (intérpretes minuciosos) tem se debruçado sobre ele, inclusive o próprio Isaac Newton, para compreender-lhe o sentido, mas a tarefa interpretativa não tem sido muito bem sucedida até hoje.

PERFIS PSICOLÓGICOS



Jesus, o Divino Mestre, ao terminar o Sermão do Monte, com Sua voz suave e doce, espargindo magnetismo incomparável na multidão emocionada, faminta de carinho, amor, luz e paz, dividiu a humanidade em dois perfis psicológicos: sensato e insensato.
“Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica, será comparado a um homem sensato, que edificou a sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não desabou porque fora edificada sobre a rocha.”

“E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína.”

Segundo os dicionaristas, sensata é a pessoa que tem bom-senso, que pensa e se comporta com bom juízo e prudência. Enquanto insensato é o seu contrário, é aquele que não pensa ao tomar suas atitudes; leviano; desprovido de bom-senso.

O Sermão do Monte representa a síntese da doutrina cristã. Nele encontra-se exarado o código moral suficiente para nos elevar à pureza para a qual todos fomos criados. É a Lei de Amor, interpretada por Jesus em suas palavras e atos. 

Jesus, com Sublime Pedagogia, expõe as oito regras básicas para a felicidade integral, nas bem-aventuranças, elegendo a humildade como a primeira delas, a capitanear as outras, no roteiro em direção a nós mesmos, o Eu transcendental, onde se encontra o reino de Deus.

Sensato é aquele que compreende o ensino de Jesus e busca, todo o tempo, um meio de praticá-lo, entendendo que a vida na Terra é uma lição que recebemos em nossa missão de evoluir e um atalho, como diz Emmanuel, nos caminhos de ascensão.

Jim Tucker é diretor médico da Clínica de Psiquiatria Infantil e Familiar, e Professor Associado de Psiquiatria e Ciências Neurocomportamentais da Universidade de Virginia . Seu principal interesse investigador são as crianças que parecem recordar vidas anteriores, e as lembranças pré-natais e do nascimento. Sensatos e insensatos somos quase todos no uso do livre-arbítrio dado por Deus, que nos dá o direito à escolha do caminho a seguir. Ora somos sensatos, ora somos insensatos, de acordo com as ações que praticamos.

Raros são os sensatos em tempo integral. O mestre Allan Kardec foi um deles. Zeus Wantuil e Francisco Thiesen, no III volume, de sua Pesquisa Biobibliográfica de Allan Kardec, transcrevem o discurso do sábio astrônomo Camille Flammarion, no sepultamento de Allan Kardec, no Cemitério Montmartre, no dia 2 de abril de 1869, em que ele assim o classifica: 

“Ele era o que eu denominarei simplesmente o bom-senso encarnado. Razão reta e judiciosa, aplicava sem cessar à sua obra permanente as indicações íntimas do senso comum. Não era essa uma qualidade somenos, na ordem das coisas com que nos ocupamos. Era, ao contrário, pode-se afirmá-lo, a primeira de todas e a mais preciosa, sem a qual a obra não teria podido tornar-se popular, nem lançar pelo mundo suas raízes imensas.”

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Estudando “A Gênese”, de Allan Kardec

(...) a via láctea é uma campina semeada de flores solares e planetárias, que brilham em toda a sua enorme extensão. O nosso sol e todos os corpos que o acompanham fazem parte desse conjunto de globos radiosos que formam a via láctea. Malgrado, porém, as suas proporções gigantescas, relativamente à terra, e à grandeza do seu império, ele, o sol, ocupa inapreciável lugar em tão vasta criação. Podem contar-se por uma trintena de milhões os sóis que, à sua semelhança, gravitam nessa imensa região, afastados uns dos outros de mais de cem mil vezes o raio da órbita terrestre. (Capítulo 6 – Item 33)

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

A EVOLUÇÃO, O HOMEM E O TEMPO



As energias mentais e de natureza divina não estão sujeitas aos processos de agregação e desagregação, como acontece com as energias comuns, ou seja, os sólidos, líquidos e gazes, e outras energias de natureza grosseira, mesmo que se apresentem de uma forma invisível aos olhos humanos, porque somente as energias que partem da mente imortal do homem e de Deus podem assegurar à vida eterna individualizada de cada espírito, garantindo-lhe a permanência e a evolução infinita, enquanto outras formas de energia subordinadas à mente humana e a Deus se transformam contínua e estruturalmente, sobre as pressões das forças que presidem os processos de organização e desorganização, impondo constantes renovações nos seres e nas coisas, em regime de trocas incessantes entre todos os tipos de energia.“A felicidade dos indivíduos depende das qualidades deles, e não do estado material do meio em que se encontra, podendo ela, portanto, existir em qualquer parte onde haja espíritos capazes de usufrui-la. Nenhum lugar lhes é circunscrito, ou seja, fixo e assinalado no universo de Deus.” (Alan Kardec, O Céu e o Inferno, Cap. III, questão 15).
Temos assim uma ideia real de que a morte não existe; é apenas uma desagregação molecular do corpo físico, apanhado por empréstimo na natureza em que vivemos, sendo obrigatória a sua devolução, pois não podemos entrar numa dimensão fluídica com o nosso pesado corpo de carne, mas sim com um corpo leve, etéreo, dinâmico e condizente com nossa nova realidade de espírito livre depois da morte. A morte representa, na realidade, o fim de cada processo temporal terreno, que é, do ponto de vista da eternidade, um novo começo na química das transformações, havendo, portanto, para tudo que é temporal e passageiro, começo e fim, nascimento, vida e morte.
Podemos então dizer que o tempo e, por definição, a trajetória de uma onda eletromagnética, que vai desde o nascimento até a morte, e é também uma das dimensões fixas do nosso Universo, porque sendo estável, se apresenta no nosso plano de vida na forma veloz de ondas eletromagnéticas, agindo incessantemente no passado, no presente e no futuro. A evolução física e espiritual trabalha com o concurso do tempo, em sistemas isolados e fechados, e segue a natureza de cada sistema, como tudo que existe no microcosmo ou no macrocosmo, como também em todos os Universos paralelos do infinito de Deus.

Estudando “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec


Questão 173

P: A cada nova existência corporal a alma passa de um mundo para outro, ou pode ter muitas no mesmo globo?

R: “Pode viver muitas vezes no mesmo globo, se não se adiantou bastante para passar a um mundo superior.”

173 a) — Podemos então reaparecer muitas vezes na Terra?
R: “Certamente.”

173 b) — Podemos voltar a este, depois de termos vivido em outros mundos?
“Sem dúvida. É possível que já tenhais vivido algures e na Terra.”